Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Gestão do Fator Acidentário de Prevenção (FAP): Uma prática pouco explorada

Palestrante: Ricardo Pasquali, Médico do Trabalho e Psiquiatra, Gestor do FAP

Medical Director at ITAMEDI Medicina Ocupacional | Health Director | SST | Occupational Health | Médico do Trabalho | RQE | Psiquiatra | FAP | SSMA | MBA em AI

O Dr. Ricardo Pasquali apresentou (25 de setembro de 2025) considerações sobre a gestão do Fator Acidentário de Prevenção (FAP), ressaltando que muitas grandes empresas não exploram devidamente o potencial de redução de custos e de aumento de lucratividade proporcionado por boas práticas de saúde e segurança no trabalho.

  • A integração entre objetivos financeiros e melhorias em SST é estratégica para obter apoio da alta direção.
  • gestão efetiva do FAP representa oportunidade real de impacto direto e positivo nos resultados, especialmente em empresas de grande porte, cuja folha de pagamento tem peso relevante.

Contribuição Previdenciária Patronal

O moderador apresentou a base legal da contribuição previdenciária patronal no Brasil:

  • Prevista na Constituição e regulamentada pela Lei 8.212/1991.
  • Alíquotas de 1%, 2% ou 3%, conhecidas como alíquotas RAT (Riscos Ambientais do Trabalho).
  • FAP pode reduzir a alíquota padrão em até 50% ou aumentá-la em até 100%, sendo calculado com base em afastamentos previdenciários relacionados ao trabalho e divulgado anualmente em 30 de setembro para aplicação no ano seguinte.

Exemplo prático: em uma empresa de varejo com folha de R$ 100 mil, a variação do FAP pode gerar diferença de até R$ 39 mil anuais na carga tributária.

Acesso e Gestão do FAP

  • O acesso ocorre via Fap Web (Gov.Br), mediante certificado digital (CNPJ ou CPF).
  • O cálculo é feito por estabelecimento e considera benefícios previdenciários concedidos, taxa de rotatividade, entre outros fatores.
  • A gestão do FAP deve ser vista como projeto de médio e longo prazo, com atenção imediata a fatores críticos, em especial os benefícios B91 (auxílio por incapacidade temporária decorrente de acidente de trabalho).

Estratégia de Redução Tributária

O moderador apresentou diretrizes práticas:

  • Revisar o enquadramento tributário, avaliando a possibilidade de reenquadramento.
  • Monitorar e analisar os benefícios B91, investigando causas dos acidentes e implantando ações preventivas.
  • Priorizar medidas de prevenção para reduzir a incidência de afastamentos que impactam o cálculo do FAP.

Identificação Precoce de Afastamentos

  • Importância de identificar afastamentos que possam se prolongar, especialmente relacionados a CID S (ferimentos/cortes) e CID T (traumatismos).
  • Recomendações:
    • Treinamento de líderes para comunicação imediata de acidentes.
    • Uso de formulários eletrônicos para registro.
    • Monitoramento ativo da equipe de saúde para evitar encaminhamentos desnecessários ao INSS.
    • Inclusão de informações precisas na Carta DUT  para prevenir vínculos indevidos de acidentes domésticos ou fora do trabalho como ocupacionais.

Contestação de Benefícios Previdenciários

  • Empresas podem contestar benefícios contabilizados de forma incorreta, especialmente em casos de acidentes de trajeto.
  • Exemplo: contestação eletrônica de um benefício B91 resultou em exclusão e economia anual de R$ 48 mil.

Projeto de Proteção contra Parada Cardíaca

O Sr. Marcel Cremonesi apresentou iniciativa de prevenção à parada cardíaca:

  • Mais de 1.100 mortes diárias no Brasil têm essa causa.
  • O projeto inclui fornecimento de desfibriladores, manutenção e treinamento especializado para estabelecimentos.
  • Foi anunciada a realização de treinamento gratuito para associados da Sincovaga em 16 de outubro, no auditório da sede, com 60 vagas disponíveis.

Comente o que achou:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *